segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Saudade oblíqüa

"Desde a criação do chão que nos sustenta
O amor pesa e nos faz gravitar"



Minha busca nunca termina

o que eu busco mora em você menina

mas você guarda isso tão fundo

Por que?



Saberia o que dizer sorrindo

mesmo diante de você linda e santa

pura e casta, respira dormindo

Só você...



Nada mais me traz do vício

de te ver cada dia mais linda

minha e tão somente minha

catarse do fim ao início



Nem que a chuva transborde o mar

se compara ao quanto vou chorar

se te perder um dia assim,

de repente num instante eterno.

Inseguro insano
voltando às origens
buscando a voz

irradiando dor
músculo esquelético
nada atlético

Turvando o ar
irrespirável decrépito
dual hermético

inscipiente
descrente de minha fé
profético

Mergulho neste gole
de café, água, açúcar
e minha falta de vontade

de fazer um verso que rime
que tenha métrica
que diga algo
alto
claro
lógico