quarta-feira, 27 de abril de 2005

Soneto de amor impossível

Se pelo ar que meu éter traga

o frio da espinha se restringe ao lago

da lágrima mais estúpida e contida

por estar sozinha mesmo ao meu lado



Se pelo cal que meu esqueleto guarda

O solavanco se expande ao mar

te esfria o sangue que o peito retarda

por estar comigo sem poder estar



Verei minhas certezas estarem erradas

maquinando um jeito de com exatidão

congelar um instante do tempo no formol



Terei minhas dúvidas mortas e enterradas

na eternidade de um momento de paixão

de um dia perfeito de areia, sal e sol

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