quarta-feira, 25 de abril de 2007

Falta

Sinto o espasmo do espanto
o vazio da ausência
sem anuência que deforma a causa
encontrei minha própria demência

Uma loucura calma
que não afasta a alma
mantendo sanidade nas calçadas
dessas idéias mal formadas

voltam memórias
dores cores paranóias
de um tempo estranho
eras perdidas heróicas

encontro a dor hipnótica
essa verdade caótica
e minha única certeza
é a beleza da sutileza

do contorno casto
do teu peso no meu
arfante esbaforido afasto
sua doutrina que a nós regeu

Sem vontade de sentir mais nada
sinto o falso repentino da pancada
que preenche seu útero nefasto
com glória esquecida de minha vida

se enlouqueço devo tudo a ti
complexa essência sórdida
sublimou-se em qualquer aqui
para tornar minha existência mórbida

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